"Não se pode falar de educação sem amor".
( Paulo Freire )

sábado, 12 de junho de 2010





No dia 29 de Abril de 2010, fomos observar uma Escola Estadual de Ensino Fundamental que é localizada na Cidade de Porto Alegre, uma escola tradicional do bairro, que abrange alunos de todas as zonas da cidade, existente a mais de cinquenta anos, atualmente constituída por 36 docentes e aproximadamente 500 alunos.
O motivo pelo qual escolhemos esta escola, foi por ser uma escola inclusiva. Ao sermos recepcionados pela direção foi um pouco difícil a comunicação, aparentemente se sentiram incomodados com nossa presença mesmo sendo agendada com uma semana de antecedência a observação, nos deixaram esperando em torno de 20 minutos em uma sala onde transitava professores que parecia ser sala da vice-direção, assim que a orientadora de projetos chegou, veio ate nos e questionou o que a gente queria exatamente, então colocamos nossa proposta de fazer alguns questionamentos com a gestão e se possível observar a sala de aula, a professora respondeu com rispidez, dizendo que tinha quer sem bem rápido pois tinha muita coisa pra fazer, mas assim que começamos as perguntas indagamos algumas duvidas, ela foi acalmando e participando de forma mais abrangente. Foi questionado com ela, sobre a historia da escolas, os projetos, a escola tinha qual filosofia, o que era inclusão para a escola, ate então ela respondeu de maneira branda, mas quando questionada sobre o PPP da escola, pediu ajudada vice diretora, de onde ele estaria, quando lhe foi indicado onde ele estava, ela procurou disfarçou e disse que ia ficar devendo pois não estava ali. Então pedimos para observar uma sala de aula, como nosso grupo era grande apenas a Kelly e a Liane observaram a sala de aula.
Foi observada uma turma de 3º ano, com 25 alunos, com uma criança com dislexia, que tinha 10 anos de idade, já havia repetido na serie. A professora começou a aula, conversando e fazendo as combinações diárias. No dia observado ela estava trabalhando com o pontuação de texto. Apresentou um diálogo em história em quadrinhos onde os alunos em pequenos grupos tinham que ler ressaltando os pontos. Aluno com dislexia estava incluído no grupo e a professora acompanhava e ajudava nos momentos de mais dificuldades. Foi percebido que os próprios colegas procuravam ajudar conversando e auxiliando.
Durante a observação em toda a escola, percebemos que a escola deve caminhar junto com a comunidade procurando incluir todos os alunos não somente os com NEEs pois todos somos diferentes. Na escola percebemos que o professor mostrava-se empenhado para realizar mudanças apesar da falta de recursos materiais. Enfim, a escola está em processo de desenvolvimento de inclusão. É necessário que a equipe pedagógica, a direção, os professores e a comunidade procurem mais redes de apoio para que possam estar atuando de forma mais harmônica.



Em relação Resolução CNE/CEB N° 2, de fevereiro de 2001 que estudamos na aula de Prática Pedagogica Inclusiva da professora Nara Borges , percebemos que tudo está bem escrito, organizado, mas na prática é ainda pouco visto. Alguns pontos que tem que haver melhorias:

* Famílias participando mais das escolas;
* Professores especializados;
* Construção e reconstrução de escolas adequadas para todos;
* Mais empenho político;
* Mais luta da sociedade para que surjam mudanças.

Esta resolução esta implementada desde 2002, já se passaram 8 anos e falta melhorar na prática. O que percebemos nas observações que foram feitas neste semestre e nos semestres anteriores, é que os alunos com NEEs, não estão sendo recebidos nas escolas como deveria ser, pois não à preparamento dos professores, a escola não está adequada e os pais não são participativos. Falta mesmo melhorias na Educação mas temos esperança que a partir da nossa formação de Pedagogos onde este tema de Inclusão já está sendo desenvolvido, os profissionais passam a ter conhecimento do que se pretende com a verdadeira Inclusão perante as leis, e fará o possível para que se tenha.
Na escola que observamos neste semestre, escola estadual, havia sala de recursos, para acompanhar os alunos com NEEs, mas não estava organizada. Tivemos durante nossa observação o relato da professora formada em Pedagogia Especial que trabalha na sala de recursos alguns acontecimentos relatados por ela:

* Alunos sendo rotulados com transtornos (autismo, hiperativo),sendo medicados e sem real situação de NEEs;
* Alunos se aproveitando desta situação para competir com colegas;
* Desinteresse de professores em conhecer a real situação do aluno;

Espera-se mudanças para melhorar a realidade da nossa educação, mas sozinhas não conseguiremos é preciso uma união social.


Componentes do grupo: Camila Blanco, Giana Galimberti, Kelly da Costa, Liane Borges e Thais Lermen

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